segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ARTE SEM LONA


Minha relação com o “circo” começou na infância. Na década de 70, morador do bairro Santa Catarina freqüentava o São José onde normalmente as tendas eram montadas. Somava-se a magia do circo a emoção de entrar sem pagar. Éramos “furões”: passávamos por baixo da lona. Os “trabalhadores” do circo viam nossa entrada ilícita, e faziam de conta que não para manter o encantamento. Sentíamo-nos o máximo. Em 1977 com doze anos tive de aposentar minha carreira de “furão”, o tamanho do corpo denunciava a idade.
A partir das investigações teatrais no início dos 90 estabeleço uma nova relação com as práticas circenses. No fazer teatral várias técnicas circenses (acrobacia solo, palhaço, magia), são abordadas para compreender estilos e melhorar o desempenho do ator.
Confesso que nunca quis fazer parte num circo tradicional. Porem com o surgimento do “novo circo” ou “nova escola” oficializada na França com a criação dos cursos acadêmicos está legitimado! Posso “ser” do circo sem ter nascido numa família circense.
Tenho então por força das escolhas presenciado ações e transformações nos espaços de formação e de produção da cena em Caxias do Sul. Mais grupos e profissionais utilizando técnicas e linguagens circenses. Estes profissionais multiplicando essas técnicas e linguagens nos ambientes escolares, de formação e capacitação.
A cidade habitada por artistas aposentados do circo tradicional. Passa de oficinas de curto prazo para cursos e programas de longa duração como o projeto Cidadão Século XXI promovido pela UCS. Projeto que possibilitou a vinda da Escola Nacional de Circo para Caxias. E que permite o dialogo e a troca com atores do teatro.
Em 2008 a RECRIA: Rede de Proteção a Criança e Adolescente adota o circo como ferramenta de formação e capacitação. Doze das vinte e seis entidades participantes começam a realizar oficinas de técnicas circenses.
Em 2009 os arte/educadores: Jander Bender, eu, Jorge Valmini, Juliana Fontoura, Nilcéia Kremer e Ramon Ortiz formam um grupo de trabalho e estudo das pedagogias aplicadas nas oficinas promovidas pela RECRIA. Em novembro o grupo passa a se identificar como: arte sem lona.
Em 2010 inserem-se ao Arte Sem Lona, jovens vindos de diferentes Centros Educativos. Objetivo: formação de novas lideranças e multiplicação de práticas pedagógicas.
Noutra face de acontecimentos entre 08 a 11 de abril de 2010, Caxias do Sul é palco da primeira edição do Encontro Estadual de Palhaços (EEPA!). Realizado pelo Centro de Cultura Dr. Henrique Ordovás Filho e pela Sala de Ensaio Centro Cultural.
Com o patrocínio de empresas locais através da lei municipal de incentivo a cultura o encontro promoveu a discussão sobre a profissão do palhaço além de envolver a comunidade em torno dos espetáculos através da diversão e reflexão. Acompanhei o encontro em algumas atividades. No palco aberto presenciei um rico aprendizado. Aqui meu elogio aos participantes. Jovens que humildes celebraram homenagem aos mais velhos. Atores da nova escola que reconhecem e respeitam a tradição. Em resposta o Palhaço Pirilampo representando a família circense agradece o tributo e exalta os jovens palhaços e a nova escola do circo. Por alguns instantes as memórias do passado se conectam com os sonhos do futuro ligados pelos corações presentes. Fico emocionado.
E em mais um momento dessa caminhada nos dias 26 e 27 de agosto, para refletir sobre a inclusão sócio-cultural bem como capacitar profissionais que atuam nos programas do projeto a RECRIA realiza o Seminário O Circo e o Teatro na Arte Educação.
Sim existem dificuldades, mas aqui conscientemente faço elogio à perseverança, a dedicação, ao amor. Parabéns àqueles que acreditam. Gestores, educadores, artistas, empresários as boas ações frutificam e como diz a canção “vamos lá fazer o que será!”

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

GENTE EM CENA




Gente em cena

Este texto foi escrito e publicado na revista com o nome de “Projeto GentEncena, grupos comunitários de teatro, em dezembro de 2004 quando completava oito anos de existência.
Como é fazer teatro em Caxias do Sul? Cidade ocidental, capitalista, grego-cristã. Que pessoas fazem teatro e de que maneira se organizam? Qual é o papel do artista numa cidade jovem (94 anos de emancipação política), e voltada à “cultura do trabalho”? No contexto contemporâneo o capitalismo transforma tudo em mercadoria antes mesmo de estar pronto. E a sociedade se satisfaz com a versão simplória de que tudo é arte.
A Associação Caxiense de Teatro – ACAT – nasceu, em julho de 1989, com o objetivo de desenvolver o teatro e defender os interesses de seus associados.
Sem “escolas” de teatro como surgiram os grupos? Acredito que por não haver formação acadêmica assim como o fato de não existir (ou serem insuficientes na época as), políticas públicas para as manifestações artísticas foi que determinou a auto-organização dos “teatreiros”. A necessidade transformou a cena caxiense.
Em 1997, com a Frente Popular assumindo a administração do município, inicia-se uma nova fase com a criação da Secretaria Municipal da Cultura. Assim o desejo ver o teatro acontecendo em toda a cidade toma uma nova dimensão. Sabíamos que para o teatro crescer e se desenvolver era necessário que mais pessoas se apropriassem da linguagem. Mas como fazer? Aonde fazer? Para quem? Existe tradição? Qual?
Estas são algumas reflexões que norteiam as ações dentro do projeto. O objetivo é: “fazer” teatro nas diversas regiões da cidade. Com poucos recursos em 97, o GentEncena inicia em vários bairros, ações para formar grupos teatrais autônomos e inseridos em suas comunidades. Em 1998, amparado por lei o projeto ganha força e recursos. E agora novas considerações sobre a identidade cultural desses agentes, já que estamos interagindo em novos contextos. Precisamos então respeitar suas particularidades.

O sociólogo Stuart Hall afirma que: A identidade preenche o espaço entre o “interior” e o “exterior” - entre o mundo pessoal e o mundo público de que projetamos a “nós próprios” nessas identidades culturais, ao mesmo tempo em que internalizamos seus significados e valores, tornado-a “parte de nós”, contribui para alinhar nossos sentimentos subjetivos com os lugares objetivos que ocupamos no mundo social e cultural. A identidade então costura (ou, para uma metáfora médica, “sutura”) o sujeito à estrutura. Estabiliza tanto os sujeitos quanto os mundos culturais que eles habitam, tornando ambos reciprocamente mais unificados e pré-dizíveis (HALL 1992, p 11 - 12).
E nas palavras de Samantha de Oliveira: É importante abrir reflexões sobre o papel do artista, uma vez que este poderia ocupar o lugar de um sujeito que exercita e desenvolve ao máximo seu senso crítico e talvez um dos exercícios seja justamente “estar na busca do novo”, buscá-lo faz parte da não instalação na hegemonia. Fazer a crítica é também uma forma e, que por sua vez, torna-se uma possibilidade de resistir ao capitalismo. Esses são exercícios difíceis, pertencentes a uma árdua tarefa que cabe aos artistas e intelectuais, ou ainda melhor a todo cidadão responsável. Afinal não se pode pensar que o estado caótico no qual a sociedade está imersa, construiu-se e organizou-se do acaso.
Há muitas maneiras de agrupar-se para fazer teatro. Agimos para a formação do Grupo. Queremos um espaço onde as pessoas além do espetáculo possam construir o humano. Criando um espaço não só para incorporar técnicas e nem só para criar espetáculos. Mas um espaço onde a formação do ator de diversas formas é o lugar de liberdade para o aprendizado.
Teatro de grupo é estabilidade de elenco, é treinamento autoral, é a montagem do espetáculo, mas é também um lugar de confronto e o desenvolvimento de ética e estética. Este é o GentEncena! É este o teatro em que acreditamos! É por ele que lutamos!

Jorge Valmini - Coordenador

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Aposentadoria do Ator


A APOSENTADORIA DO ATOR

Tenho me preparado para escrever este texto nos últimos meses. O curioso é observar que no momento de redigi-lo os franceses protestam violentamente contra a reforma previdenciária que altera de 60 para 62 a idade para aposentar-se. A minha aposentadoria enquanto ator será em dezembro de 2030. Precisamente no solstício de verão. Estarei na ocasião com mais de 64 anos de idade. Não sou francês e o foco aqui não são as perdas dos direitos sociais e trabalhistas. Igual a qualquer trabalhador o objetivo é encerrar o ciclo da atividade.
Comecei o oficio de ator de teatro em março de 1983. Nesta ocasião fazendo teatro amador formulei a pergunta que me acompanhou sem reposta por duas décadas. Na literatura e teoria estava acompanhado de Augusto Boal e Bertolt Brecht. A pergunta: Qual é a forma? Era feita e testada a cada nova montagem. Em cada ensaio. Em cada exercício. Em todas as leituras e discussões. Muitos erros poucos acertos. Em 1992, já profissionalizado há dois anos, estava em crise! Só eu me perguntava? Só eu era louco? Só eu queria mais? Claro que não! Exagero da minha parte. Agora o tormento era maior. Lendo o Teatro e seu duplo de A. Artaud e Em busca de um teatro pobre de J. Grotowisk descobri a crueldade do ator santo.
Quanto mais aprendia na teoria, menos resultava na prática. Não me agradava os resultados parciais. Enquanto meus colegas divertiam-se eu angustiava. O alivio veio da viagem ao Paraná para assistir ao Festival Internacional de Londrina. A presença de mestres como Kazuo Ohno e Antunes Filho ou as apresentações de grupos como Odin Teatret da Dinamarca ou o Studio Five of Moscow não trouxeram a resposta. Em verdade sugiram mais perguntas, só que com elas vieram novo animo, nova energia. A angústia cede lugar a muito trabalho, novos projetos. Personagem sujeito? Ou personagem objeto? Dramaturgia Aristotélica ou Brechtiniana? Alguns acertos. Mais erros.
Em 2003, vinte anos depois, com a ajuda da filosofia, com Gerd Bornheim finalmente a reposta. Nem sujeito nem objeto. Não o mundo ou eu. E sim eu e o mundo. O que procurava G. Bornheim define como “vasos comunicantes”. As “vias” entre o eu o e o objeto. Entendido o caminho, falta caminhar. Batizei esta jornada de A ARQUITETURA DO MOVIMENTO. Será o movimento da caminhada. Será o movimento dos diferentes elementos que compõem a carpintaria teatral. Texto, cenário, figurino, texturas, sons, cores, intenções, mas principalmente do “corpo em cena”. O ator enquanto matéria e energia.
Diferentes montagens vão “pavimentar” a estrada da aposentadoria. Teatro de Bonecos, de Sombras e Objetos, de Rua, de Sala, de Arena. Instalação e performance.
A despedida da cena e da platéia será com o espetáculo: DISCÍPULO. O texto e a direção de minha autoria. Vamos experimentar “espectadores” e “ator” uma relação de 13 horas de duração. É a simbologia dos números. Uma apresentação por semana durante 13 semanas. Um ator e 12 espectadores. Se todos os ingressos forem vendidos vão ser 156 pessoas testemunhando o evento. Metade homens a outra mulheres. Em cada apresentação uma “Eva” e um “Adão” serão escolhidos para participarem do último ato da peça. Teremos vivido então uma experiência teatral num giro de 24 horas. Um dia. A criação. A invenção de um dia. De cada detalhe desse dia. O ato de viver um dia conscientemente planejado. Assim poderei saber se os “vasos comunicantes” funcionam e o ator Jorge Valmini estará aposentado.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Conferênica Ilustrada Com o Dr. Bráulio


Conferência Ilustrada Com Dr. Bráulio
Nos dias 10,11 e 12 de novembro as 20h30min no Teatro do SESC. Integra a Temporada do Teatro Caxiense.

Primavera de 2010. Conhecida e reconhecia personalidade internacional Dr. Bráulio Pinto de Carvalho Cauduro famoso antropólogo, paleontólogo e ufólogo, apresenta sua conferência ilustrada onde desmistifica o mito da sexualidade perdida.

Em 1994 começava o esboço do personagem do Dr. Bráulio. Em 1998 Dr. Bráulio começa a freqüentar bares, porões e sótãos.

Acompanhar os rios. No início era a necessidade de afirmar o discurso gestual e verbal: o ator. Estar próximo, sentir o calor da resposta era fundamental para ajustar a fala. Agora com o acúmulo da vivência pensamos o discurso espacial: o ambiente. Vamos dialogar: a arquitetura dos teatros e casas com as texturas e formas da montagem.

Como falar de um tema “espinhoso”? Sexo? (TABU) Penso. Pensa. Pensei! Naturalmente! Brincado. Oba! Brincar é bom!Com quem? Com amigos. Com coração.
Alquimia Teatral

A idéia: simples. O mínimo. Mínimo cenário. O mínino aqui é intenso. É a limpeza. A definição. O traço forte do gibi. A sombra do cinema. O gesto largo do circo. O texto rápido do embolador. Trovador. A imagem é pop. É um cartaz de vende-se. O anúncio da vitrine. Do outdoor. Da TV. É o exagero da definição. É o negrito. E o sublinhado. É tão intenso que é infantil.

Teatro Experimental Revolucionário
Q u e m S o m o s

A construção do eterno efêmero. Mais uma década passou. Vários espetáculos montados. Metros de tecidos. Quilômetros rodados. Dezenas de atores. Centenas de apresentações. Milhares de espectadores. Um só caminho? Em dezenove de setembro de 1987 nascemos com a necessidade de experimentar diversas técnicas teatrais e revolucionar a nossa condição de artistas. Hoje mais do que ontem reafirmamos essa necessidade.
Sabemos que o diferencial básico do teatro, em relação às outras artes, é a presença física do ator no aqui e agora com o público.
Teatro é a magia do encontro. Teatro é a expressão real do que o homem vivencia no tempo e no espaço: na vida.
Cada um de nós tem de encarar a sua própria existência, de escrever, em atos e palavras seus sonhos no cotidiano, transformando-o. Quem nada percebe nada encena, apenas faz parte de outras peças que o cercam. Triste fim!

Atuação e direção
Jorge Valmini

quarta-feira, 30 de junho de 2010

UNIVERSOS Na mente UNIR VERSOS




UNIVERSOS
Na mente
UNIR VERSOS

Conectar os diversos universos culturais Dos poetas, filósofos, artistas, cientistas da cultura,

A diversidade, a universalidade, a particularidade Subjetiva o objetivo concreto.
O teatro lunar é a concepção de um espaço de fusão de materiais não combináveis. A contradição, A dilaceração do “Ser-cultura”. A dezconstrução do corpo (cultural).

A construção do espaço (vazio). O silêncio musical.
A diversidade é igual à riqueza cultural? No universo urbano que culturas são cultivadas?

Como se dá o processo de inter-relação/interdependência/inter-referência/ transversalidade dos temas.

Aspectos da identidade regional/nacional/mundial/global. A arte como alimento do espírito.
Provisoriamente pensamos num espaço/momento (tempo é arte) em que artistas se encontrem para comungarem angústias.

Inquietas/ações. Nada de eventos. Um momento/eterno/espacial de relações humanas. Artistas!: quais as possibilidades de interferência artística no cotidiano local versus a influências globais? Quais?
PROpomos o atelier da livre manifestação artística, em local púbico, reunindo a pluralidade da produção e a não divulgação nos veículos tradicionais de comunicação. O atelier da livre manifestação artística é ação cultural!

Antonio Jorval Pseudopoeta
Filosofo redundante do cotidiano

segunda-feira, 10 de maio de 2010

MÚSICA NO ÔNIBUS



Arte na vida

Música no ônibus
As linguagens artísticas estão tão presentes em nossa vida diária que não as percebemos conscientemente até que algo nos faça pensar a respeito. Isso aconteceu comigo em relação ao “som” colocado nos ônibus. E já faz algum tempo. Como eu sou um “ser auditivo”, logo que começou a funcionar o sistema de rádios nas linhas urbanas eu fiquei incomodado. Volume muito alto e músicas que não me agradam. Lendo o jornal Pioneiro na coluna: “carta do leitor” soube que não era o único “incomodado”, havia outros. E mais dinâmicos. Enquanto eu ficava na reflexão, no que pode ser feito? Os outros já estavam fazendo. Escreviam, reclamavam e davam sugestões. Com a leitura e a reflexão tive uma idéia que pareceu boa. Decidi partilhar a idéia já que tenho amigos músicos e que ela interessa diretamente a estes. A idéia? Muito simples: “Ouvir os músicos caxienses enquanto ando de ônibus pela cidade”. Comecei com os amigos, ampliei para os conhecidos e agora partilho com os moradores de Caxias do Sul.
Durante a divulgação da idéia surgiram perguntas. Uma das mais importantes: Como? Bem, considerando que as rádios são concessões públicas federal, e as linhas de ônibus uma concessão pública municipal. Estamos na esfera do público. Do bem comum. Podemos então solicitar aos órgãos responsáveis as respostas.
Particularmente pensei em duas possibilidades, primeira: a Rede Mais Nova abre espaço na sua programação para os “músicos caxienses”. A segunda: a criação de uma “rádio comunitária municipal”. A primeira alternativa parece ser viável já que faz uso da estrutura que existe. Muda-se o uso da estrutura. A segunda alternativa também viável merece estudo, pois depende de criar uma nova estrutura. Isto significa investimento, ou seja, dinheiro. Vale a sugestão de uma amiga de que cada bairro ou linha tivese a sua rádio comunitária, dessa maneira as nóticias e informações sobre o bairro, escola, unidade de saúde estaria presente no dia a dia das pessoas.
E quem são os “músicos caxienses”? Simples, artistas que tenham produção na cidade. Produção já materializada através do fundoprócultura ou Lei de Incentivo com a gravação de CDs em vários gêneros e infelizmente pouco divulgada.
Esta ideía foi apresentada no Conselho Municipal da Cultura que todos se apropriem dela e façam com que dê frutos.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

TEMPORADA CAXIENSE DO TEATRO 2010




A Temporada do Teatro Caxiense é um projeto que acontece desde 2006 e tem por objetivo a valorização da produção do teatro local e a sistematização da apresentação destes espetáculos.
Em 2010, a Temporada do Teatro Caxiense acontecerá entre os meses de Abril e Dezembro, sempre na segunda semana de cada mês. As apresentações serão realizadas no Teatro Municipal Pedro Parenti e no Teatro do SESC.
Parabéns aos Grupos, técnicos, produtores e gestores, Caxias merece aprimorar a circulação e fruição dos seus produtos culturais.
Mais informações na Unidade de Teatro pelo telefone 54 3901.1316. ou unidadedeteatro@caxias.rs.gov.br ou WWW.caxias.rs.gov.br

Em Maio no Teatro Pedro Parenti

Grupo: APRONTAÇÃO EXPRIMENTAL Espetáculo: BOI DE MAMÃO
Dias: 13 e 14 Hora: 10h30min, 14h, 15h30min, 20h Ingresso: R$3,00 de dia, e R$5,00 noite

Grupo: MARIA DO HORTO Espetáculo: EM CENA
Dias: 15 e 16 Hora: 20h30min Ingresso: R$10,00


Em Maio no SESC

Grupo: EDZ Espetáculo: A MULHER SEM PECADO
Dias: 13 e 14/05 Hora: 20h Ingresso: R$10,00

Grupo: PATINHAS AO LARGO Espetáculo: O INTRUSO
Dias: 15 e 16 Hora: 20h Ingresso: R$5,00

Em Junho no SESC

Grupo: TEATRO MECÂNICO Espetáculo: O ANIVERSÁRIO DA INFANTA
Dias: 09 e 10 Hora: 20h Ingresso: R$ 10,00


Grupo: Cia2 Espetáculo: PARANOIA (SIT DOWN COMEDY)
Dias: 12 e 13 Hora: 20h Ingresso: R$ 10,00


Em Julho no Teatro Pedro Parenti

Grupo: QUIQUIPROCÓ Espetáculo: O VALE DOS SONHOS
Dias: 15 e 16

Grupo: SEMPRE AMIGOS Espetáculo: A HISTÓRIA E VIDA DE ANNA RECH
Dias: 17 e 18

Em Julho no SESC

Grupo: IN PEÇA Espetáculo: SHOW DE IMPROVISOS
Dias: 13 e 14 Hora: 20h Ingresso: R$12,00

Grupo: PRODUTOS NOTÁVEIS Espetáculo: ZÃO E ZORAIDA
Dias: 16, 17 e 18 Hora: 20h Ingresso: R$12,00


Em Agosto no Teatro Pedro Parenti

Grupo: EXPRESSÃO LA SALLE CARMO Espetáculo: VILLA LOBOS - O MENINO TUHU Dia: 14 às 20h Dia: 15h e 17h, entrada franca, agendamento de escolas
Dia: 15 às 20h Ingresso: R$10,00

Em Agosto no SESC

Grupo: TROMPAS DE FALÓPIO Espetáculo: CINTA LIGA-DESLIGA
Dias: 12, 13, 14 e 15 Ingresso: R$10,00

Em Outubro no Teatro Pedro Parenti

Grupo: MÉDICOS DO SORRISO Espetáculo: SOPA DE PALHAÇOS
Dias: 15, 16 e 17 Ingresso: R$10,00

Em Outubro no SESC

Grupo: CIA UERÊ Espetáculo: A INCRÍVEL VISEIRA DO DR. CHIP
Dias: 15, 16 e 17 Hora: 16h e 20h Ingresso: R$12,00

Em Novembro no Teatro Pedro Parenti

Grupo: QUIQUIPROCÓ Espetáculo: O CORCUNDA DE NOTRE DAME
Dias: 10 e 11 Hora: 19h Ingresso: R$15,00

Grupo: I-CLOWNS Espetáculo: AS AVENTURAS DE UM SUPER PALHAÇO
Dias: 12 e 13 Hora: 20h Ingresso: R$10,00

Em Novembro no SESC

Grupo: T. E. R. Espetáculo: CONFERÊNCIA ILUSTRADA COM O DR. BRÁULIO
Dias: 10, 11 e 12 Hora: 20h30min Ingresso: R$ 15,00

Em Dezembro no Teatro Pedro Parenti

Grupo: UEBA PRÓ Espetáculo: A FARSA DA MADAME & A MUCAMA
Dias: 08 e 09 Hora: 20h Ingresso: R$10,00

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Pedagogia Griô

NAÇÃO GRIÔ Em 2008 fui convidado pela ONG Agosto 17, para participar de um projeto cultural, promovido pelo do Ministério da Cultura. Fui informado que o projeto estava embasado na oralidade, e que éramos três pessoas na ação (José Luis, Márcia Santuário e eu). Iniciamos nossa atuação em julho de 2009 na Escola Municipal de Ensino Fundamental Fermino Ferronatto. A partir deste momento me tornei oficialmente um Griô de tradição oral. “Mas, e griô, o que é?” Com a palavra Lílian Pacheco – A pedagogia griô “O Griô é um caminhante, cantador, poeta, contador de histórias, genealogista, mediador político, um “diele”, que na língua bamanan do Mali, noroeste da África, significa “sangue que circula”. É um educador popular que aprende, ensina e se torna a memória viva da tradição oral. Ele é o sangue que faz circular os saberes e as histórias, as lutas e glórias de seu povo, dando vida à rede de transmissão oral de uma região e de um país. A palavra abrasileirada griô vem de griot em francês, que traduz a palavra Dieli na língua bamanan. É um conceito proposto pelo Grãos de Luz e Griô que vem complementar o conceito de Mestres dos Saberes tão utilizado no Brasil. O conceito de mestre nos remete ao sábio, ao curador, ao iniciador das ciências da vida, das artes populares e dos ofícios artesanais, é diferente do Griô.” “E Griô no Brasil? O que é? Atravessando o atlântico negro, voltando para a Mãe África, na região em que o Brasil se encaixa como um jogo de quebra cabeça do pangea, a gente se reencontra na história e no encanto da rede de transmissão oral.” “A vivência da pedagogia griô é afetiva e cultural e facilita o dialogo entre as idades, entre a escola e a comunidade, entre grupos étnico-culturais, interagindo saberes ancestrais de tradição oral e as ciências formais para a elaboração do conhecimento e de projetos de vida que tenham como foco o fortalecimento da identidade e celebração da vida. Nessa pedagogia, inspirada na tradição oral dos griôs do Mali na África e dos griôs e mestres do Brasil, propõe-se a criação do lugar do griô aprendiz na comunidade.” “Assim como o Velho Griô, todo griô aprendiz aprende com as diversas tradições orais do Brasil e reinventa ou reencontra o seu arquétipo, aquele que é a melhor expressão de si mesmo e de sua sabedoria ancestral que é reflexo de sua caminhada. Por mais que ele já saiba, por mais que tenha aprendido com griôs e mestres do Brasil, ele guarda e compartilha com humildade sua sabedoria com o titulo de griô aprendiz.” “A Pedagogia Griô propõe o ritual de vínculo e aprendizagem e tem como referenciais teóricos e metodológicos a educação biocêntrica de Ruth Cavalcante e Rolando Toro, a educação dialógica de Paulo Freire, a educação para relações étnico-raciais positivas de Vanda Machado, a arte educação comunitária de Carlos Petrovich, a educação que marca o corpo, de Fátima Freire e a pedagogia que foi construída nos terreiros de candomblé, nas capoeiras, nos torés, nos sambas de roda, nos reisados, nos cantos do trabalho, nas festas populares, nos gêneros literários dos cordelistas e repentistas, na ciência das parteiras, na habilidade das rendeiras, na antevisão dos pais e mães de santo, na medicina dos curadores, erveiras, benzedeiras e xamãs, na biblioteca viva dos contadores de histórias, e em todas as artes integradas aos mitos e às ciências da cultura oral.” “Caminhar, colocar os pés no chão da realidade, viver e conhecer profundamente as comunidades com quem estamos criando educação. É necessário inverter a estratégia epistemológica (epistemologia é um estudo de como se dá o conhecimento). Então, temos que nos perguntar diante da ciência como ela acontece. Onde está a minha vida, a minha felicidade, a minha identidade (que inclui a alteridade, ancestralidade, a totalidade)? Todo mundo se perguntou durante muito tempo na escola algo parecido: “Para que eu estou aprendendo isso”? Essa pergunta nasce da inquietação de sentir que sua própria história e projeto de vida não estão no centro do conhecimento. A pedagogia griô propõe trazer todas estas categorias teóricas para o centro.” “É preciso rever o conceito de identidade na educação. O sistema biodança e a educação biocêntrica apontam um caminho para esse conceito, um caminho que integra o si mesmo à alteridade (ao outro), à corporeidade e à totalidade, um caminho que organiza nossas linhas de vivência, crescendo em espiral, na busca do sentido pleno da vida, o princípio biocêntrico. A pedagogia Griô se inspira nesse caminho e propõe um conceito de identidade que tem como centro a história de vida pulsando entre a ancestralidade e a consciência de si, crescendo em espiral e formando as categorias importantes das tradições orais.”

sexta-feira, 19 de março de 2010

SEMANA DO TEATRO 2010


SEMANA DO TEATRO


Inicia hoje a SEMANA DO TEATRO 2010. Consagramos assim a odisséia no espaço. Colegas palhaços, clowns, malabaristas, equilibristas, contorcionistas, saltimbancos menestréis e cantadores. Estamos todos ligados e com as ferramentas digitas do século XXI, (ocidental) celebramos a estação da colheita. Conectados com nossos antepassados, apresentando para os cidadãos da pólis nosso espetáculo, nossa performance, nosso gesto. Agora não mais sagrado. Às vezes rústico. Outras vezes imediato. Às vezes rural. Outras vezes urbano. Com certeza profano. Vinte e sete de março dia mundial do teatro o do circo. Nova estação. Nova temporada. Novos frutos. Evoé Dionísios.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Histórias e pessoas da montanha


histórias e pessoas da montanha

Estréia no dia 27 de março o documentário histórias e pessoas da montanha as 18 horas na Sala de Cinema Ulysses Geremia do Centro Municipal de Cultura Dr. Herique Ordovás Filhos

sinopse

Qual ou quais as motivações de jovens e adultos nos primeiros movimentos do fazer teatral. A rotina dos exercícios e ensaios. Suas ações e expectativas. Quem são? Em que mundo vivem?

Depois de alguns meses, perguntar: Quais os resultados alcançados? Quais as metas atingidas? Alguma coisa mudou? Esta é a proposta do documentário: Histórias e pessoas da montanha.

O registro audiovisual acompanha os participantes dos núcleos de Santa Lucia do Piaí e Ana Rech integrantes do projeto GentEncena de Caxias do Sul/RS/Brasil.

Documentário em formato digital com aproximadamente 35 minutos de duração em edição não linear.


ficha técnica
histórias e pessoas da montanha


Roteiro e direção: Jorge Valmini
Produção executiva: Valmini Produções Artísticas
Fotografia/câmera: Jorge Valmini
Equipamentos: Clinica Lappat Robinson Cabral
Motorista: Jander Bender
Edição: BLAST Marcelo C. Santos
Trilha sonora: Léo Ferrarini

A Festa do pequeno grande ser

  A Festa do pequeno grande ser Estreou em 14 de janeiro de 1990                Elenco na estreia: Alceu H. Homem, Leonilda Baldi, Jenic...