terça-feira, 31 de março de 2015

Lançamento do Livro Anotações de Viagem na 3 dimensão




INSTANTE
OLHAR
O ESPAÇO
PELA JANELA
A LUZ RADIANTE
VIAJA PELA DA COZINHA
ENCONTRA NA PIA A GOTA
A IDÉIA ATRAVESSA A ESPINHA
SE FOSSE PINTAR: DI CAVALCANTE
SE FOSSE ESCREVER UM POEMA DE DANTE
SE FOSSE O DIA CONGELAR? UM DIAMANTE!
SE FOSSE PRESENTE LEMBRAR? UM DIA AMANTE!
 
ATUO

TEATRO
TER ATO
SE ATO
ATOR
SER


A

ARQUITETURA

D

O

MOVIMENTO

 Exercício prático/teórico sobre a poesia corpórea na arte do ator. Contra a interpretação. A dês-construção do corpo e a construção do espaço. Saixac tem formas contundentes, agudas         

Semeando em todo lugar
Jejuar
Pensar
Esperar

Pode ser arte. Se produção deve ser um evento ESPETACULAR”. “Espetacular ESPETÁCULO”. Se só existe o agora. A vida pode ser arte. É esta A reflexão. A arte cavalheiresca do arqueiro zen que nunca li. O curso sistemático de METAFÍSICA do Aniceto Molinaro. A arte de viver da fé. Só não se sabe fé em que. A arte milenar (MIL MARés aNIL). A comédia dell’arte. Artes nas noites tardes do poeta. Arde sua alma. É preciso ser sempre reflexão.  É preciso sempre reflexo SÃO. É preciso reflexo som.



A Polenta é um alimento típico da culinária italiana, mas que tem amplo uso e aceitação em diversos países, como Argentina, Brasil, e Uruguai. Sua base é a farinha de milho.

História

Antes da chegada de imigrantes italianos, já se consumia no Brasil uma forma de polenta de milho denominada angu, que pode ter a consistência de uma polenta firme ou cremosa, mas que nunca era grelhado ou frito. Existe na Ilha da Madeira, um prato típico muito parecido, as papas de milho, que é consumido logo depois de cozido, a acompanhar peixe, ou então frito, a acompanhar a espetada madeirense de carne de vaca.
A polenta tem origem na região norte da Itália. Constituía a base alimentar (o prato mais consumido) da população e dos legionários romanos. Era feita principalmente de farinha de aveia, mas podiam ser utilizadas farinhas de outros cereais como o trigo.

Os textos acima são fragmentos do Livro Anotações de viagem na 3ª dimensão ou a Saga do Herói Polenteiro que será lançado no dia 8 de junho às 19h na Biblioteca Memória de Gari.   

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Teatro Poéticas e o Tao do Corpo



O TAO DO CORPO

            O homem deste fim de século caminha rumo à sua essência, resgatando verdades simples e universais como a harmonização com a vida através do respeito a todos os seres vivos e a si próprio, é o despertar de uma consciência da Unidade, para compreender que tudo está ligado, pulsando no ritmo da sincronia universal.
            A dualidade cartesiana dá lugar à Unidade, ao entendimento de que não existe a energia do Bem e do Mal com seus desmembramentos, mas sim Energia Una, Toda, Total, Indivisível, porém Mutável. A constante mutação desta Energia Única gera movimento, que gera vida, em todas as suas formas e facetas.
O Tao, na concepção chinesa é o próprio movimento da vida – “O desenho do Caos Maravilhoso e do caminho, o trajeto do nascimento, crescimento, amadurecimento, decrepitude, morte, vazio recomeço perpétuo, alternância de Yin e Yang” (Tao the King, livro milenar de sabedoria chinesa).
  
O Tao do Corpo

Seguindo a trilha do pensamento da Unidade, somos levados a pensar no corpo como uma entidade composta de matéria, sentimentos, sensações e alma, que devem ser trabalhados em todos estes aspectos que o envolvem; um treinamento corporal somente físico gera “Rambos”, corpos trabalhados somente no exterior, porém afastados de ser interno. Os treinamentos excessivamente teóricos e psicológicos por sua vez geram mentes enormes, sem um alicerce físico que as sustentem.
O trabalho no corpo deve ampliar o potencial humano de um ser como um todo; sua forma física, sua beleza estética e interior, seu potencial criativo, orgânico, sua capacidade de amar e de iluminar-se. Em última análise, devemos aprender as leis que regem o Tao universal, as mesmas leis do Tao do Corpo, porque somos uns Microcosmos que funciona igual ao Macrocosmo no qual estamos inseridos.
 Deus é Musculatura

Kasuo Ohno, mestre da dança Butoh japonesa diz que nosso corpo é composto de 5 musculaturas, que devem ser conscientizadas e trabalhadas. Cada musculatura tem suas regras e leis próprias, embora se interdependam.

1a Musculatura – É o corpo físico propriamente dito, o corpo que pode ser visto, tocado, o limiar entre o nosso interior e o nosso exterior.

2a Musculatura – É o corpo físico da pele para dentro; nossos órgãos, sangue, células, e todos os movimentos que se processam no interior físico de nosso corpo.

3a Musculatura – É uma musculatura abstrata; é o corpo emocional, psíquico, vibratório, mental, sensível, mediúnico.

4a Musculatura – É a energia que contém o Tudo, a força da vida que circula em nós e que nos mantém vivos. É a musculatura Essencial.

5a Musculatura – É a musculatura de contato, é o outro, o mundo que nos cerca, o meio ambiente, a sociedade, a troca.

O processo de trabalho do corpo deve começar, portanto pela quarta musculatura, para contatar com aquela energia essencial, divina, que reina no interior de cada um de nós. Este trabalho é chamado meditação.


10 mandamentos básicos para a boa postura e alinhamento

1o – Ser vazio interiormente, e elevar a força do “Tantien” ao cocuruto da cabeça.
O Tantien é o ponto de força que sustenta nossa estrutura física, e que deve ser forte e ativado. Situa-se três dedos abaixo do umbigo, numa linha reta. A cada inspiração, pressione o Tantien para dentro de você, repetidamente. Este exercício deve ser feito sempre que você estiver sem energia.
O ar é bombeado do ponto Tantien, e sobe passando pelo umbigo que deve estar todo aberto como um sol; se alguma parte do umbigo estiver fechada, ou colada é sinal de que você esta sentado em sua cintura. Abra o umbigo todo, para isso você terá que subir seu corpo para cima, e se deslocar na cintura. Sinta a força que lhe puxa para cima a partir do Tantien, e outra que crava seus pés no chão, dando apoio para a subida.
2o – “Encolher ligeiramente o peito, esticando as costas por trás. O cocuruto da cabeça deve estar paralelo ao céu”. Sinta as costas, normalmente a tensão faz dois montes em torno da coluna vertebral. Inspire e mande ar para os montes das costas, apague-os, cresça por trás, deixe o pescoço ereto; o cocuruto quer o céu.
3o – Afrouxar a cintura – gire repetidamente seu corpo de um lado para o outro, sem travar o movimento. Sinta que seu corpo pode dobrar e girar.
4o – Distinguir cheio de vazio – esta é uma lei muito importante a ser observada em nosso cotidiano. É a transferência total do peso do corpo de um pé para o outro a cada passo. Observe seu caminhar e transfira seu peso todo a cada passo. Não deixe parte de seu peso na perna de trás quando o movimento de impulso é com a perna da frente.
5o – “Baixar os ombros, deixar cair os cotovelos”.
Quando o ponto Tantien não é forte o suficiente, a tensão sobe para os ombros e pescoço. Inconscientemente, tentamos manter a postura ereta colocando força na parte superior do corpo, quando na verdade, o movimento é exatamente o oposto. Os chineses dizem que “o corpo é ferro sob algodão”. A parte inferior, região visceral deve ser o alicerce de ferro, e da cintura para cima devemos ser leves e fluidos como o algodão.
6o – “Em lugar de força muscular, usar sabedoria para comandar os movimentos”. Esta frase é bastante abstrata, mas fala de uma atitude interna que devemos desenvolver em nós. Esta atitude começa na apreensão das regras corporais, e na vigilância cotidiana desta postura harmônica. Não adianta ficar ereto somente quando fazemos exercícios. Esta consciência deve ser constante em nosso cotidiano para que haja uma mudança real em nossas atitudes corporais. Jesus Cristo dizia “orai e vigiai” em referência a esta atitude interior de “serenidade com atenção”, a atitude do guerreiro marcial, do sábio, do homem consciente.
7o – “Ligar Alto e Baixo” – os pés movem-se juntos com as mãos e os olhos, à parte de cima do corpo movem-se junto com a de baixo. A tensão social, o pensamento facetado, a separação corpo mente espírito nos levou a ter atitudes corporais também divididas. É necessário imprimir fisicamente este conceito de Unidade, para estarmos inteiros também no corpo. Muitas vezes olhamos só com os olhos para uma direção, enquanto que nossos joelhos e pernas vão à direção oposta, nossa mente divaga em outra situação que não é aquela que estamos vivendo, e assim nos tornamos um circo louco de impulsos desconexos.
Estar aqui e agora totalmente, com todas as partes do ser e do corpo. Se olho para o lado, todo o meu ser olha para o lado, e assim por diante. Procurar levar todo o corpo em cada ação física que desempenhamos.
8o – “Unir interior e exterior – abertura e fechamento dos pés e mãos correspondem à abertura e fechamento do espírito”.
Corpos fechados correspondem a espíritos fechados. Quando existe o trabalho interior de fluir com vida, ser maleável e aberto interiormente, automaticamente esta atitude começa a se imprimir no corpo físico, de dentro para fora.
9o – “Ligar movimentos sem interrupção” – novamente uma atitude de fluidez, não viver “aos trancos e barrancos”, mas soltar-se e transformar-se de acordo com as situações que a vida nos apresentar; ser macio.
10o – “Manter a calma interna durante o movimento”.
Ao praticar exercícios físicos devemos se capazes de reter o calor interno que o exercício provoca, acalmando os batimentos cardíacos para que não ocorra stress muscular.

Maria Pia
Coreógrafa e terapeuta corporal
Extraído de Cadernos de Teatro 131

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