quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Elis Regina o Teatro Municpal e o Cio da Terra


ELIS REGINA o TEATRO MUNICIPAL e o CIO DA TERRA
 
Partilhar. Ouvir estórias, contar histórias. Tempo e memória. Verão de 1982 novas esperanças. Minha primeira Carteira Profissional Nº: 40907 Série 00002 RS, foi expedida em 13 de dezembro de 1979. Será assinada em 82. Entre 79 e 82 estive: servente de pedreiro, carpinteiro, marceneiro, funileiro, ourives, pintor e chapa. 82. Janeiro é quente e seco.
Surpresa com a morte de Elis Regina no dia 19. Nos dias seguintes ela é pauta das conversas e grava-se em mim a expressão “morte por overdose”. Eu vivo preciso comer. Conseguir emprego sem experiência é muito difícil. Para melhorar as chances volto a estudar de manhã para fazer curso de datilografia e letrista no SENAC. Depois de dois anos estudante do noturno há um estranhamento com os colegas e hábitos diurnos. Março continua quente e seco. De repente, Califórnia toca. Todos cantam. As aulas iniciam sem alguns professores que deixam as salas de aula em busca de melhores salários na indústria. Outros aderem à greve. É final do governo de José Augusto Amaral de Souza. Ano de eleições diretas depois dos governos militares.
“As digitais do pequeno Governo Amaralzinho (1,58 de altura) se percebem com a aparição do inquieto CPERS, o Centro de Professores do Estado, que ocupou a praça da Matriz e infernizou a vida do governador ao longo de 13 dias de uma greve barulhenta pelo piso de 2,5 salários mínimos. A partir de Amaralzinho, nenhum governador mais pode festejar o silêncio do CPERS. Amaral também deixou o governo endividado, com um aumento de 79,1% no rombo das contas públicas, obrigando o Estado a buscar recursos no Banrisul e no BRDE para cobrir o déficit operacional.”

Em abril refresca. Chove. Começa a Guerra das Mal

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